PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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sábado, 7 de junho de 2014

BRASIL JOGOU MAL. FELIPÃO NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ.

FONTE: http://esportefino.cartacapital.com.br/brasil-copa-do-mundo-felipao/


O Brasil venceu por 1 a 0, mas jogou muito mal contra a Sérvia. E isso é ótimo. Pelo menos para Felipão, mestre em transformar crises (reais ou forjadas) em amuleto. O técnico sabe como ninguém se aproveitar de um cenário adverso para enfim formar a sua família. Foi assim por muito tempo no Palmeiras (Turma do Amendoim que o diga). Foi assim antes da Copa de 2002, quando a Seleção sofreu nas Eliminatórias e recebeu uma saraivada de bandeirolas, nesse mesmo Morumbi.

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Crédito: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Crédito: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Esqueçam as vaias da torcida que esteve hoje no Morumbi. É muito provável que elas teriam surgido mesmo com uma vitória mais elástica da Seleção Brasileira. O torcedor de São Paulo vaia em todos os amistosos. Praticamente um cacoete. Mais por tradição do que convicção. Também não seria justo cobrar bom humor do paulistano numa sexta-feira que começou (e vai terminar) com chuva, greve do Metrô, congestionamento. Um dia comum na cidade, diriam os mais rancorosos.
A fraca atuação é importante para o Brasil voltar à realidade. Houve um otimismo exagerado (e compreensível) após a conquista da Copa das Confederações. A surra que Neymar, Fred e companhia deram na final contra a Espanha indicava que a Seleção estava pronta. Mas aí que se encontra o problema. Faltava ainda um ano para a Copa do Mundo. A sensação é que aquela equipe amadureceu rápido demais, o que mais tarde se confirmou com a lista final dos convocados, que pouco se alterou em relação ao grupo que levantou a taça no Maracanã.
Hoje, está nítido que o Brasil perdeu aquele ritmo alucinante. Não só por conta do jogo de hoje, e sim pelas condições físicas do selecionado. Oscar, Paulinho, Marcelo, por exemplo, estão visivelmente abaixo do que podem render. As lesões recentes e as decisões europeias deixaram marcas ainda presentes. As laterais também estão um passo atrás. Em 30 minutos de jogo, a Sérvia percebeu que o caminho era as costas de Daniel Alves e foi superior no primeiro tempo. Na esquerda, Marcelo apoiava sempre com o freio de mão puxado.
Neymar foi o protagonista na Copa das Confederações, mas agora a dependência em relação a ele parece maior. Felipão tem cinco dias para melhorar o condicionamento do grupo e até mesmo efetuar uma ou outra mudança no time titular. É o caso de Willian no lugar de Oscar, aparentemente.
“Está faltando uma jogada de Neymar”, disse o narrador Galvão Bueno, faltando ainda 15 minutos para o final do jogo. Talvez esse seja o maior perigo: imaginar que o camisa 10 estará lá para fazer mágica a qualquer momento. Talvez faça, mas não dá para depender apenas dessa crença para conquistar a sexta estrela.
Apesar do pouco tempo disponível, há espaço para melhorar. Entretanto, por mais contraditório que pareça, o Brasil saiu desse amistoso ainda mais favorito. Um jogo ruim. Era tudo o que Felipão precisava. Já é possível vê-lo acariciando o bigode e preparando o discurso para o seu grupo. Acabou a festa. A guerra começa agora.

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