Manaus, assim como as demais The Host Cities, prepara-se para uma copa de culpas.
Christian Braga NINJA
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Odesenvolvimento turístico, capital humano e infraestrutura eram os três pontos apontados pela Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Amazonas como #LegadoDaCopa em 2009. A quase uma semana do mundial o que se visualiza são obras inacabadas, projetos super faturados e a falta de investimentos em setores básicos. E onde está o dinheiro?
A renúncia fiscal para a realização do evento na cidade chega a R$ 1,2 Bi. A FIFA, entidade organizadora, não paga impostos no Brasil e usa como justificativa o fato de sua sede está localizada na Suiça. Mesmo com esses números a expectativa de arrecadação de impostos municipais na capital do amazonas é de R$ 4 Bi em 2014.
A mobilidade urbana é umas das principais pautas debatidas pela população. O BRT (Bus Rapid Trasportation) apresentado é uma proposta melhorada do sistema de transporte público lançado pela gestão 2000-2004 da prefeitura municipal. Também no meio desse debate surge a "Inauguração monotrilho com Baré Gratís". A iniciativa visa evidenciar a falta de planejamento, os super gastos com obras para Copa e projetos não realizados. Mais de 90% da população é a favor do motrilho segundo o Projeto Piatam. A banda larga e o 3G ainda continuam com serviços precários sendo Manaus a segunda capital com a internet mais cara e lenta do país.
Consideradas uma das copas de maior investimento dos últimos tempos, a realidade por dentro é crítica. A história da construção dos estádios registra uma série de acidentes fatais de operários, das sete mortes, quatro foram apenas no estádio em Manaus. A Arena da Amazônia teve problemas com o cronograma de conclusão a obra devido as mortes e questões judiciais. A obra inicialmente tinha previsão de gasto R$ 499 milhões e encerra seu custo no valor de R$ 669,5 milhões.
Falta alegria para pendurar as bandeirinhas na cidade, mas não falta reflexão. Na tentativa de expor diferentes questionamentos sobre a #WorldCup no Brasil, artistas reuniram trabalhos em uma mostra na galeria da Universidade Federal do Amazonas. A questão indígena, o uso do dinheiro público, o super faturamento das obras, a falta de compromisso com o planejamento, o jogo entre patrocinadores, mídia, comércio e jogadores, a sustentabilidade / meio ambiente foram alguns dos temas nos trabalhos. A mostra fica em cartaz até o dia 11/07 na Galeria Hahnemman Bacelar - CAUA, situado na rua Monsenhor Coutinho, 724. Centro.
O que esperamos …
… com respeito se constrói o novo!
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