A etapa de fundações já está pronta, antes mesmo do início do inverno amazônicoFoto: Gideão Soares/UGP Copa/Divulgação
Entre as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, Manaus é a mais isolada geograficamente. Silenciosa e sem muita divulgação, a capital do Amazonas, no norte do País, segue a preparação para receber o maior evento do futebol mundial. Uma das etapas é o novo estádio, a Arena Amazônia, que já está com 45% das obras concluídas.
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O plano da Unidade Gestora do Projeto Copa no Amazonas, a UGP Copa, é construir uma moderna Arena com capacidade para 44 mil torcedores. Em julho de 2010, o Vivaldo Lima foi demolido para a construção do novo estádio.
As primeiras fases da obra, como as fundações, foram concluídas, segundo afirmou o coordenador da UGP Copa, Miguel Capobiango. "As fundações estão prontas. Estamos fechando a parte leste do muro de contensão, o que nós chamamos de 'pódio', próximo à entrada principal da Arena. Estamos dentro do calendário previsto", disse ele, em entrevista ao Terra.
Outro estágio importante da construção deve ser concluído até o fim deste mês. Trata-se do anel inferior do estádio, área reservada aos torcedores. "As arquibancadas inferiores estão praticamente prontas e nosso plano é concluir essa etapa até o final de setembro. Depois, vamos entrar nas estruturas dos camarotes", afirmou Capobianco.
Além de visitas mensais do Comitê Organizador Local (COL), as obras do novo estádio de Manaus já receberam três visitas oficiais da Fifa, a última delas no dia 28 de agosto, quando o secretário geral da entidade máxima do futebol, Jérôme Valcke, esteve na capital do Amazonas e aprovou o andamento das obras.
Inicialmente, o prazo de entrega da Arena Amazônia era julho de 2013, mas foi retardado para novembro. Isso porque a UGP Copa se envolveu em um impasse com o Tribunal de Contas da União, que questionou o preço de alguns materiais usados na obra, sob o argumento de que eles estavam acima do que é praticado no mercado.
Segundo a Unidade Gestora do Projeto Copa, o problema já foi resolvido e o dinheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), que estava retido, deve ser liberado em breve. O investimento total da nova arena também foi reduzido de R$ 638 milhões para R$ 550 milhões - R$ 400 milhões do BNDES e o restante do Governo do Amazonas.
Além de enfrentar os entraves burocráticos, a construção da Arena da Amazônia ainda tem outro obstáculo: o clima da região. Ao contrário do sudeste do Brasil, o Amazonas possui apenas duas estações bem definidas no ano: verão e inverno. A segunda é marcada não por temperaturas mais baixas e sim por chuvas que atingem a cidade quase todos os dias, o que atrapalha qualquer obra.
Por isso, os operários trabalham em ritmo acelerado. "Estamos trabalhando dobrado nesse verão, que vai até o fim do mês de novembro. Fazemos isso porque precisamos concluir partes que precisam de tempo seco para serem feitas, com isso ficaremos com os pré-moldados que podem perfeitamente ser executados com chuva", concluiu o coordenador da UGP Copa.
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