O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta a
presidente Dilma Rousseff
Do UOL, no Rio de Janeiro*
O mal-estar causado pelo furto de documentos da Olimpíada de Londres por
membros do Comitê Organizador dos Jogos de 2016 parece não ter abalado a relação
entre o governo brasileiro e o britânico. Nesta sexta-feira, a presidente Dilma
Rousseff e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, assinaram um
acordo de cooperação justamente sobre a Olimpíada do Rio.
O memorando firmado nesta tarde, durante visita de Cameron ao Brasil, expressa que ambos os países vão se esforçar para trocar o máximo de informações relativas à organização da Olimpíada. O Reino Unido, que sediou os últimos Jogos, se comprometeu a ajudar o Brasil a planejar a Rio-2016 para que os legados do evento sejam os maiores possíveis.
Rio 2016
Os políticos
diretamente ligados aos Jogos Olímpicos de 2016 estão aproveitando a presença do
Comitê Olímpico Internacional (COI) na capital fluminense. Nesta quarta-feira,
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, e Sérgio Cabral, governador do Estado,
lançaram a pedra fundamental da Vila Olímpica, em evento marcado por vários
elogios da entidade-mor do esporte mundial Mais
Alexandre Durão/UOL
O documento fala também em cooperação britânica para sobre práticas de
governo para a preparação para os Jogos e até na criação de um programa de
visitas a Londres para troca de informações.
Foi em uma viagem como esta,
promovida pelos comitês organizados de Londres-2012 e Rio-2016, que funcionários
do órgão brasileiro baixaram documentos britânicos sem autorização. O
caso veio à tona na semana passada, em denúncia feito pelo Blog do Juca,
do UOL Esporte.
Os ingleses descobriram o furto
e cobraram os brasileiros, que demitiram nove funcionários envolvidos na
questão.
Na quinta-feira, o presidente do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, eximiu o comitê
de qualquer responsabilidade e disse que o caso estava encerrado.
Nuzman também afirmou que o comitê Londres-2012 havia entrado em contato com
os organizadores dos Jogos do Rio e assegurado que o intercâmbio de informações
entre os dois órgãos será mantido, sem qualquer modificação causada pelo
incidente.
Nesta sexta, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio
Fortes, também falou sobre o caso. Fortes coordena os trabalhados do governo
federal, do Estado do Rio de Janeiro e município do Rio para a organização da
Olimpíada de 2016. Ele disse que a APO também levou funcionários aos Jogos de
Londres como observadores e que nenhum problema foi constatado.
"Tivemos 126 funcionários sem deslizes, tudo tranquilo, com entrosamento
inclusive na área de segurança", disse ele. "O que houve ocorreu dentro de uma
relação entre o Comitê Organizador do Rio de Janeiro e o Comitê Organizador de
Londres. Isso é privado, não governamental."
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