PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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segunda-feira, 11 de março de 2013

ESPECIALISTAS EM SEGURANÇA DETALHAM PLANO DE AÇÃO PARA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES.

Representantes da FIFA, do COL e do governo federal explicam como será a atuação, por sede, de agentes públicos e privados. Pré-lista de objetos proibidos nos estádios, como garrafas de vidro, bandeiras com mastro, sinalizadores e laser, foi divulgada.
Especialistas em segurança da FIFA, do Comitê Organizador Local (COL) e do governo federal detalharam, em mesa-redonda realizada nesta sexta (08.03), no Rio de Janeiro, a atuação de agentes públicos e privados na Copa das Confederações FIFA 2013. De acordo com o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Valdinho Caetano, todo o efetivo de segurança pública em cada cidade-sede será mobilizado em dia de jogo.
“Cerca de 2.500 a 3.000 homens estarão trabalhando no local do jogo e nos arredores. Eles atuarão em áreas específicas para profissionais de segurança pública, sempre de forma integrada com a FIFA e com os seguranças privados”, disse o secretário. Caetano explicou que foram investidos em treinamento, equipamentos, tecnologia e articulação das forças de segurança cerca de R$ 450 milhões em 2012 e que há previsão de outros R$ 350 milhões em 2013.
O assessor especial para grandes eventos do Ministério da Defesa, general Jamil Megid, acrescentou que o número de militares em cada sede será de até 5 mil. “Cada cidade terá uma força de contingência para, se necessário, estar pronta para reforçar a resposta em caso de incidentes”.
Foto: Iurii Osadchi/Shutterstock
Foto: Iurii Osadchi/Shutterstock#
Segurança privada
O gerente geral de segurança do COL, Hilário Medeiros, explicou que, ao todo, serão em torno de 13 mil postos de trabalho para agentes de segurança privada na Copa das Confederações. Ele estima que, em cada estádio, serão empregados cerca de 2 mil homens, sendo 1.200 para segurança patrimonial e 600 a 800 stewards, agentes que mesclam a função de vigilantes com a de orientadores de público.
Hilário explicou que uma portaria publicada em dezembro de 2012 regulamentou a ação de agentes de segurança privada para grandes eventos e que eles passarão por treinamento específico, de 50 horas-aula, para que estejam aptos a atuar na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.
“A profissão de agente de segurança privada era regulamentada, mas não voltada para grandes eventos. Trabalhamos em conjunto com o governo para a regulamentação do agente de segurança para grandes eventos. Precisávamos direcionar a atividade para isso. Com a publicação da portaria, todos os eventos com a participação de mais de três mil pessoas precisarão da atuação de agentes com essa especificação”, disse Hilário, acrescentando que a portaria tem seis meses para entrar em vigor e que, a partir daí, terá início a fiscalização pela Polícia Federal.
Objetos proibidos
Hilário Medeiros também falou sobre os objetos que terão entrada proibida nos estádios. Ele disse que a lista está sendo finalizada e será divulgada até o fim de abril. O gerente geral de segurança do COL adiantou alguns itens que estarão nessa lista: “Garrafa de vidro, garrafas com tampa pet, comidas, instrumentos musicais como tambores e tamboretes, bandeiras com mastro, sinalizadores, laser são alguns desses objetos”, disse.
A rigidez no controle de acesso foi um dos pontos reforçados pelas autoridades. O gerente de segurança da FIFA, Serge Dumortier, lembrou que a entidade tem um manual de regras para estádios a serem seguidas em todas as competições da entidade e que na Copa das Confederações não vai ser diferente.
“Durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, vamos nomear uma pessoa da FIFA em cada um dos estádios para verificar se essas regras estão sendo cumpridas. Teremos um controle rígido nos estádios e vamos checar tudo. Isso significa que, se a pessoa chegar só 15 minutos antes do jogo, vai perder o começo da partida. Todo mundo tem que estar consciente dessa medidas”, explicou Serge.
O secretário Valdinho Caetano disse que está em planejamento a criação de um centro de cooperação internacional para a troca de informações com outros países sobre torcedores que possam causar problemas durante os jogos. “ Estamos preparados para fazer o acompanhamento desses torcedores”, disse.
Lição da África
Também participou do evento o consultor de segurança para a Copa do Mundo da FIFA 2014, Andre Pruis. O sul-africano, responsável por coordenar a área no Mundial de 2010 pelo governo africano, falou sobre a experiência vivida e disse que a maior lição é a importância da integração do país-sede com os demais países.
“Temos que cooperar com outros países.Isso foi muito bom na África do Sul. Os torcedores se sentem confortáveis ao ver policiais do seu próprio país. O Brasil já está fazendo isso, estabelecendo cooperações e esse é o caminho certo”, disse.

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