Brasília - O projeto de lei que
trata de crimes e infrações administrativas com o objetivo de garantir a
segurança da Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 está
pronto para ser votado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Dentre
os crimes tipificados está o de terrorismo. A relatora, senadora Ana Amélia
(PP-RS), já apresentou parecer pela aprovação da matéria.
Ao justificar o projeto de lei do Senado (PLS 728/2011), os autores -
senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Ana Amélia e o senador licenciado Marcelo
Crivella (PRB-RJ) - ressaltaram a necessidade de criação de norma para
complementar a Lei Geral da Copa (Lei 2.330/2011). O texto aprovado pelo
Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, explicaram os
autores, prevê tipos penais destinados à proteção de interesses dos
organizadores, patrocinadores e participantes do evento, conforme compromissos
assumidos com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), mas não garante os
direitos dos consumidores e a integridade física dos participantes e
espectadores dos eventos.
Segundo a senadora Ana Amélia, há previsão de que 500 mil estrangeiros virão
ao Brasil assistir aos jogos da Copa do Mundo, além de funcionários da Fifa,
jornalistas e investidores de todo o mundo. Na opinião dos autores, esse número
deve ser muito maior devido aos atrativos do País, como as belezas naturais, à
localização privilegiada na América do Sul e a não exigência de visto por até 90
dias para os argentinos. A senadora lembrou que a Alemanha recebeu 2 milhões de
estrangeiros, em 2006.
Em seu parecer, a senadora Ana Amélia excluiu o capítulo que trata da
limitação do direito de greve em relação a determinados serviços. Para a
senadora, os eventos não podem interferir no direito legítimo dos trabalhadores
brasileiros, assegurado pela Constituição.
Um dos pontos principais da proposta, ressaltou Ana Amélia, é a tipificação
do crime de terrorismo. A relatora destacou não haver ainda definição jurídica a
respeito do tema, apesar de o Brasil já ter ratificado tratados internacionais
que consideram certos atos como de terrorismo. A indefinição jurídica do termo,
disse a senadora, pode ser em razão da atitude pacífica do povo
brasileiro.
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