PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PARA ESPECIALISTAS, COOPERAÇÃO INTERNACIONAL É CHAVE DE SUCESSO PARA SEGURANÇA NA COPA.

FONTE: http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/para-especialistas-cooperacao-internacional-e-chave-de-sucesso-para-seguranca-na-copa
Conferência, em Brasília, serviu para troca de experiências entre países que já organizaram e os que irão receber megaeventos esportivos.
Ivo Lima/ ME
Ivo Lima/ ME#
Canadá, Rússia e Catar são alguns dos cenários dos próximos megaeventos esportivos, como Jogos de Inverno, Jogos Pan-Americanos e Copa do Mundo. Os organizadores sabem que a segurança nas competições só é possível com a cooperação entre os países, o que inclui a troca de informações e experiências. Com esse objetivo, foi realizada a I Conferência Internacional de Segurança para Grandes Eventos, na última semana, em Brasília.
 
Ivo Lima/ ME#Bruyckere elogia atuação internacional do Brasil
O Superintendente da Real Polícia Montada Canadense, Kevin de Bruyckere, relatou a experiência do país na organização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, em Vancouver. O Canadá também irá receber os Jogos Pan-Americanos de 2015, que será em Toronto. Para ele, os esforços devem ser no sentido de reunir o máximo de informações de países que já sediaram megaeventos e incorporar ao planejamento as soluções encontradas por outras nações.

“Eu penso que é justamente isso: aprender com quem organizou a segurança em outros jogos antes de nós. Reunir o máximo de informação para conhecer o que de melhor foi feito na organização de megaeventos anteriores e incorporar o máximo possível em seu planejamento. Então, é realmente aproveitando o que os outros fizeram anteriormente que você planeja a sua segurança”, afirmou.
Para haver essa troca de experiências e ampliar o conhecimento sobre as ameaças externas e o modo de atuação das organizações criminosas, a cooperação internacional deve integrar o plano de ação de um país-sede de um megaevento. Essa é a opinião de Massimiliano Montanari, diretor do International Centre for Sport Security, uma organização não governamental do Catar, criada há dois anos e meio para contribuir na melhora do nível de segurança em grandes competições esportivas.
 
“Temos que ter duas preocupações: uma com as ameaças e outra com o trabalho em equipe. Entre as ameaças, principalmente as internacionais, estão aquelas que nós conhecemos e aquelas que são emergentes. Infelizmente a criminalidade internacional tem uma capacidade criativa única, os métodos da criminalidade organizada têm capacidade de fazer sistemas, colaborar entre eles e de identificar e perceber onde estão os vazios no sistema de proteção e defesa. Então, é preciso um trabalho que tenha como base o compartilhamento de informações entre setores diferentes para poder perceber essas novas tendências. Isso só é possível se trabalharmos em equipe”, disse Montanari.
Ivo Lima/ ME
Ivo Lima/ ME#Para Montanari nenhum país faz segurança sozinho
Para Montanari nenhum país faz segurança sozinho
Para ele, o mundo da segurança, da diplomacia, da defesa e a sociedade civil não podem trabalhar sozinhos. “Um país não pode perceber todas as ameaças sozinho, porque são eventos de uma dimensão que vão além da capacidade de qualquer país. É preciso fazer o planejamento num âmbito e num espírito de cooperação internacional. Como medimos a força de uma cadeia? Medimos na força do seu elo mais fraco. Não podemos nos dar ao luxo de ter uma cadeia, aparentemente, bem estruturada, forte, mas com um elo fraco, porque sem dúvida as organizações criminosas o vão identificar”.

Sede dos Jogos de Inverno de 2014 e da Copa do Mundo de 2018, a Rússia já está mudando suas bases normativas para receber as competições. O chefe do departamento jurídico do Ministério do Esporte russo, Vladimir Kariakin, afirmou que a ideia é estabelecer normas de conduta para os torcedores e os organizadores de megaeventos. “Na nossa visão, isso reduzirá os delitos. Para os torcedores com mau comportamento, por exemplo, introduzimos proibições que não existiam, como impedir a entrada em locais de eventos esportivos. Essas medidas serão um passo para se chegar a um nível mais alto de segurança”.
 
Intercâmbio
O Canadá buscou a ajuda das forças de segurança de outros países para organizar os Jogos de Inverno. “Nós tivemos um relacionamento aberto com todas as forças policiais e estávamos trabalhando bem próximos a todos. Várias dessas forças vieram com as suas equipes e nos engajamos cedo junto a eles, para nos certificarmos de que as informações estavam compartilhadas. É muito importante a relação entre os países e entre as forças policiais dos diferentes países. Eu sei que o Brasil está trabalhando bem próximo à comunidade internacional”, relatou Bruyckere.
Se nesta fase o Brasil está buscando experiências internacionais com quem já recebeu megaeventos esportivos, em um momento posterior o trabalho brasileiro será observado pelas futuras sedes das grandes competições. “A prioridade do nosso trabalho é na preservação e promoção de boas práticas e experiências e disseminar essas boas práticas através de atividades de alta formação. A nossa relação com o Brasil poderia se concretizar numa cooperação para assistir o país na preservação do legado quanto aos conhecimentos que serão desenvolvidos no planejamento dos jogos e disseminação dessa sabedoria e experiência em âmbito mundial. Nesse sentido, penso no Catar, que vai organizar a Copa em 2022, e pensamos que podemos aprender muito com a experiência brasileira”, projetou Montanari.

Nenhum comentário:

Postar um comentário