LAURIBERTO BRAGA - Agência Estado
Passado o clima de tensão entre governo brasileiro e Fifa, o ministro do
Esporte, Aldo Rebelo, minimizou as diferenças de opiniões entre as duas partes e
reforçou a relação de cooperação entre a sede da Copa do Mundo de 2014 e a
entidade máxima do futebol mundial.
"A Fifa tem seus interesses e nós temos os nossos. Nem sempre as opiniões
coincidem, pois as opiniões às vezes não coincidem nem nas nossas casas. Por que
então nossa opinião com a Fifa tem que ser sempre igual?", questionou o
ministro, em visita à Fortaleza, candidata à sede da Copa das Confederações, em
2013.
Rebelo afirmou ainda que, apesar das divergências entre Fifa e governo
brasileiro, a relação entre as duas partes deve ser respeitosa. "A Fifa tem
interesses que não são os nossos, não que não sejam legítimos. São até
interesses legítimos, mas é um setor que a Fifa cuida e nós temos um interesse
público, um interesse nacional e por isso nós vamos conduzindo isso num ambiente
de cooperação".
O ministro afirmou que quer com a Fifa "um ambiente de cooperação e que as
nossas diferenças sejam resolvidas em função do interesse maior que é fazer uma
boa Copa do Mundo". Rebelo revelou ter recebido elogios da entidade. "A própria
Fifa disse que nós estamos fazendo os estádios com o que existe de mais avançado
na engenharia", destacou.
Rebelo afirmou ainda que a Copa de 2014 pode apresentar imperfeições e citou
exemplo vivido por ele na Olimpíada de Londres. "Sabemos quem nem tudo é
perfeito. Estava agora na Inglaterra, na Olimpíada. Uma rádio de São Paulo ligou
para mim e, em dez minutos, a ligação caiu seis vezes. Lá também acontece isso
[problemas de telecomunicações]".
Ele reforçou ainda a relação de cooperação entre o governo federal e os
estados e municípios que receberão jogos da Copa. "A Copa do Mundo é um esforço
de muita gente, do governo brasileiro, porque é o país que acolhe a Copa. Mas
não só do governo federal, mas dos governos estaduais e das prefeituras. E os
patrocinadores privados que são vários têm interesse que a Copa seja um sucesso.
Eu acho que, por esta razão, ela será um sucesso, porque a parte da nossa
responsabilidade nós vamos cumprir".
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