PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MARACANÃ: HORA DE DECIDIR OS PRÓXIMOS 35 ANOS DO GIGANTE.

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/maracana-o-momento-de-decidir-os-proximos-35-anos?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_veja&utm_content=feed&

Audiência pública na quinta discute regras da concessão do Maracanã. Com itens polêmicos, proposta atrai críticas, mas não deve ter grandes alterações.

 
Obras do Maracanã, no Rio de Janeiro, em setembro de 2012
 
 
Obras do Maracanã, no Rio de Janeiro, em setembro de 2012 - Daniel Basil/Ministério do Esporte/Divulgação
A IMX, de Eike Batista, e a Traffic, de grande tradição nos negócios do esporte, estão entre as prováveis candidatas a administrar o estádio
O país-sede da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014 viverá um dia decisivo na quinta-feira. Enquanto São Paulo recebe o anúncio da confirmação das cidades-sede para o ano que vem, o Rio de Janeiro discute o futuro do palco da final de ambos os torneios. Uma audiência pública marcada para o fim da tarde de quinta, na Zona Portuária, colocará em debate a proposta de privatização do Estádio do Maracanã. O modelo de concessão proposto pelo governo foi apresentado no último dia 22 de outubro. Com vários itens controversos (leia mais no quadro abaixo), as regras que determinarão o uso do estádio nos próximos 35 anos do estádio ainda não estão definidas - a audiência de quinta servirá justamente para que o governo receba sugestões e propostas. Acredita-se, no entanto, que pouco mudará, mesmo com a mobilização de setores da sociedade civil que se opõem, por exemplo, à demolição de construções vizinhas ao estádio. O modelo apresentado pelo governo segue um estudo de viabilidade feito pela IMX, uma das empresas de Eike Batista. Não por coincidência, a própria IMX aparece como a candidata mais forte a obter a concessão do estádio - Eike nunca escondeu que pretendia assumir o controle do Maracanã depois que a reforma para a Copa fosse concluída. Além da IMX, a Traffic, empresa de enorme influência nos bastidores do esporte brasileiro, também planeja entrar na briga. A concessionária escolhida no processo assumirá o estádio logo que a reforma for concluída - antes, portanto, da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A reabertura do Maracanã está prevista para fevereiro de 2013. O estádio receberá sete partidas do Mundial, além da grande decisão do torneio de 2013, considerado o ensaio geral para a Copa.

Maracanã privatizado para a Copa: pontos mais polêmicos

A outorga prevista no modelo apresentado em outubro de 2012 é de 7 milhões de reais anuais ao estado. O governo do Rio ressalta que os participantes do processo poderão oferecer uma outorga maior para aumentar suas chances na disputa. Esse valor mínimo, porém, já seria aceito. O dinheiro a ser recebido não chegará nem perto do valor investido pelo governo no estádio. Nos 35 anos de concessão, dois são de carência, sem outorga.
 
Nos 33 que restam, o governo receberá 231 milhões de reais. Somadas as últimas duas reformas do Maracanã (para o Mundial de Clubes da Fifa e o Pan de 2007) e as obras para a Copa de 2014 (orçadas em 869 milhões de reais), o Rio gastou mais de 1,27 bilhão de reais com o estádio. Na verdade, esses 7 milhões de reais anuais não são suficientes para pagar nem sequer os juros dos empréstimos que o Rio contraiu para bancar as obras para 2014 (só com o BNDES, são 29,6 milhões).
 
O governo afirma que já sabia que não teria como recuperar o investimento através da concessão. Mas o tamanho do abismo entre o que foi gasto e o que será recebido - uma diferença de cerca de 1 bilhão de reais - causa desconforto.

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