PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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sábado, 10 de novembro de 2012

GOVERNO DO RIO DE JANEIRO MINIMIZA MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA À PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ.

FONTE: http://www.portal2014.org.br/noticias/11028/GOVERNO+MINIMIZA+MANIFESTACAO+CONTRARIA+A+PRIVATIZACAO+DO+MARACANA.html

Audiência pública de concessão do estádio foi concluída ontem (8), no Rio de Janeiro.

Maracanã será administrado pela iniciativa privada por 35 anos (crédito: Divulgação)
 
O secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, deu por concluída, na noite de ontem (8), a audiência pública de concessão do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, minimizando a manifestação promovida pela maioria das pessoas presentes no Espaço da Cidadania, na zona portuária do Rio de Janeiro.
 
“É claro que a audiência valeu. O que houve foi que algumas pessoas, uma minoria, veio aqui com o propósito de não deixar a audiência pública ocorrer. Mas ela [a audiência] é uma manifestação da democracia na Lei de Licitações – tem que ser realizada. E essas pessoas tentaram fazer com que ela não ocorresse, mas nós persistimos e ela ocorreu”.
 
Os protestos, que duraram cerca de 2 horas e 30 minutos, foram realizados pela quase totalidade dos presentes, o que levou a que alguns deputados estaduais - como Luiz Paulo Corrêa da Rocha, Clarissa Garotinho e Paulo Ramos – solicitassem o cancelamento da audiência.
 
Além de políticos, estiveram presentes à audiência professores, estudantes e representantes de organizações não governamentais, muitos dos quais gritaram palavras de ordem, inclusive com pedidos de seu cancelamento.
 
Diante da insistência do secretário em levar a audiência adiante, os manifestantes começaram a jogar todo tipo de objetos na mesa - ovo, casca de banana e até fezes – o que fez com que os seguranças protegessem com os próprios corpos e com um guarda-chuva o secretário.
 
Os deputados presentes que também se posicionaram contra o modelo de concessão proposto pelo governo fluminense manifestaram a intenção de ingressar com uma representação no Ministério Público pedindo a nulidade da audiência, com a justificativa de que a população se posicionou contra a sua realização.
 
Pelo modelo de concessão proposto pelo governo do Rio, o estádio será administrado pela iniciativa privada por 35 anos. O modelo, no entanto, apresenta vários pontos polêmicos e ainda não esclarecidos pelo governo estadual.
 
Os manifestantes protestam também contra a decisão do estado de demolir o Complexo Esportivo do Maracanã (que inclui o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros) e a Escola Municipal Friedenreich, que foi a quarta colocada no estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a décima no país.
 
Para Fichtner embora “algumas” pessoas tentassem fazer com que a audiência não ocorresse, o governo decidiu levá-la adiante porque a interrompê seria “um atentado à democracia. Os que ficaram aqui puderam receber todos os esclarecimentos e o estado recebeu a todas as questões”.
 
O secretário da Casa Civil disse que o estado manterá todas as decisões já anunciadas, inclusive a derrubada da escola, que segundo ele será reconstruída em outro local. “Não faz sentido ter uma escola municipal dentro de uma complexo esportivo. Um espaço de shows e de espetáculos, o que não é adequado para uma escola”.

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