PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"ESTAMOS TIRANDO PESSOAS DE ÁREAS DE RISCO", DIZ EDUARDO PAES SOBRE REMOÇÃO NA VILA AUTÓDROMO.

FONTE: http://odia.ig.com.br/portal/rio/estamos-tirando-pessoas-de-%C3%A1reas-de-risco-diz-paes-sobre-remo%C3%A7%C3%A3o-na-vila-aut%C3%B3dromo-1.517206

Segundo ele, de acordo com os responsáveis pelo Porto, o local onde o píer está previsto é o melhor para manobras dos navios de cruzeiro. 
 
POR Diego Valdevino
Rio - Em visita às obras do corredor de ônibus expresso que vai ligar o Aeroporto Internacional do Galeão ao Parque Olímpico, o próprio Parque Olímpico e à Vila Olímpica dos Atletas, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, polemizou nesta terã-feira sobre alguns problemas que devem ser enfrentados durante os Jogos do Rio 2016, como o velódromo, píer em "Y", no Porto Maravilha, que deve aumentar a capacidade hoteleira sem necessidade de obras e a construção de um hotel em área ambiental.
 
Sobre a polêmica envolvendo o projeto do píer, o prefeito afirmou pela segunda vez na semana que não gosta do local onde o projeto deve ser realizado, que, com a quantidade de navios que pode suportar, taparia a visão do Museu do Amanhã, do Mosteiro de São Bento, e de boa parte da zona revitalizada pela prefeitura.
"Não sou contra a construção do píer, mas sim contra o ângulo. Terá navios atracando ali num ângulo que pode atrapalhar a vista do Mosteiro de São Bento. Esteticamente seria melhor que ele fosse mais para dentro, mas é um projeto de responsabilidade do Governo Federal e já mostrei minha posição. Só isso", minimizou Paes, sem deixar de polemizar.
Foto: Severino Silva ; Agência O Dia
O prefeito Eduardo Paes mostra as obras a presidente da empresa Olímpica, Maria Silvia | Foto: Severino Silva ; Agência O Dia
Paes também falou sobre a remoção de pessoas da Comunidade da Vila Autódromo. Ele explicou os vídeos que mostram moradores de áreas do Morro da Providência e da Mangueira, na zona central da cidade, afirmando que são obrigados a deixar forçadamente suas residências.
"Temos que deixar claro que essas são obras da prefeitura, e que nada têm a ver com a Olimpíada. Quem faz vídeo, só faz agora. Quando chove e cai o barranco, ninguém volta lá para mostrar. A prefeitura está tirando essas pessoas de áreas de de risco. A remoção da Vila Autódromo é a única que faz parte do projeto olímpico. Com o projeto Morar Carioca, todas as favelas do Rio serão urbanizadas até 2020", disse o prefeito.
De acordo com a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Marques, a remoção das pessoas da Vila Autódromo será feita até o quarto trimestre de 2013.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Operários trabalham em obras no Autódromo | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
"Agora a prefeitura tem o terreno e tem o projeto da Vila Carioca, para onde elas serão levadas assim que os apartamentos estiverem prontos", lembrou Maria, acrescentando que a Arena onde acontecerá o handball vai virar quatro escolas municipais depois das Olimpíadas.
No novo Plano Estrutural do Parque Olímpico a atual Vila Autódromo vai abrigar o Centro de Mídia (MPC), estacionamentos e estruturas provisórias da organização dos Jogos.
Durante a coletiva, Paes ainda aproveitou para informar que 44% das instalações esportivas estão prontas. Ainda falta construir 34% e outros 22% serão instalações temporárias (sem citar as tais instalações).
Ele ainda disse que as áreas mais pobres, como Deodoro também será beneficiada e que menos de 18% da população carioca utiliza o sistema de transporte de alta capacidade. Após os jogos, o número deve passar para mais de 60%. O prefeito também revelou que 75% do Parque Olímpico vai se tornar um bairro depois dos jogos.
Demonstrando um pouco de irritação, Eduardo Paes respondeu à duras críticas do presidente da Federação de Ciclismo, que teria disto, que entraria na justiça para ter um local para treinar no Rio. O velódromo, que foi construído para o Pan-Americano de 2007, será demolido, segundo a prefeitura.
"O velódromo construído no Parque Olímpico será permanente. O presidente da Federação está fazendo demagogia. Sei que é desconfortável treinar em Goiânia, mas as pessoas precisam ter compreensão. É a única opção", avisou.
Sobre a construção de um hotel em áreas de preservação ambiental, Paes disse que a área está completamente degradada e que pouca vegetação natural será perdida. "Ainda teremos um campo de golpe e o hotel resort, que será construído na Prainha, será um ganho para o Rio.
Para finalizar, o prefeito reafirmou que o grande legado para o meio ambiente será a construção do centro de tratamento de resíduos de Seropédica, o Parque de Madureira e a reabilitação ambiental da Baixada e Jacarepaguá.

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