PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA É IGNORADA E GOVERNO DO ESTADO DÁ SEQUÊNCIA À PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=Vu_TLwDNLlg&feature=youtu.be

A audiência pública sobre a privatização do Maracanã foi realizada no dia 8 de novembro, às 18h, no Armazém da Ação da Cidadania, localizado na região portuária do Rio de Janeiro. Cerca de 700 pessoas compareceram representando diversos grupos da sociedade civil.
A minuta do edital de concessão do Complexo do Maracanã foi lançada no dia 22 de outubro. O documento prevê a demolição do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros -- espaços que abrigam atletas e programas sociais que atendem crianças e jovens carentes, idosos e deficientes físicos.
Prevê a demolição da Escola Municipal Friedenreich -- considerada escola modelo, com a 4a colocação no IDEB do Rio de Janeiro. Prevê a demolição do antigo Museu do Índio, criado por Darcy Ribeiro, em 1953, onde atualmente índios que representam 17 etnias defendem a criação de um Centro Cultural indígena administrado pelos próprios povos indígenas.

O governo do estado justifica a demolição de todos estes espaços pela construção de centros comerciais, estacionamentos, áreas de aquecimento e para facilitar o trânsito do público que freqüentará o estádio. O argumento é a modernização do Maracanã para trazer maior conforto aos torcedores. O objetivo é fazer do Complexo do Maracanã um grande centro de entretenimento privado.

Os diferentes representantes da sociedade civil presentes na Audiência Pública de Concessão do Maracanã expressaram sua profunda discordância com o projeto e com a própria legitimidade da audiência realizada. Foi pedido que uma outra audiência pública fosse agendada para debater não o projeto apresentado, mas a estratégia de privatização do estádio.

Apesar dos insistentes pedidos, manifestos e falas de cidadãos, lideranças de movimentos diretamente atingidos e deputados, o Secretário Estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, ignorou a sociedade e prosseguiu com as formalidades da audiência. O secretário reafirmou que pretende manter tudo o que já havia sido apresentado antes da audiência.

O único acréscimo será a obrigação da concessionária em demolir o presídio na Quinta da Boa Vista e construir outro maior em Gericinó. O governo tem 10 dias para publicar no diário oficial o edital de concessão do estádio. Fichtner acusou a sociedade presente na audiência pública de ter tido uma postura "antidemocrática".

De 1999 a 2006, R$ 410 milhões (R$ 634 mi em valores corrigidos) em duas reformas seguidas do estádio do Maracanã; de 2003 a 2007, quatro anos seguidos de reformas no Maracanãzinho que custaram mais R$ 97 milhões aos cofres públicos; em 2006, reforma do Parque Aquático Júlio Delamare por mais R$ 10 milhões.

A demolição do estádio a partir de 2010 para nova reforma está custando aos cofres públicos mais R$ 869 milhões. O Complexo do Maracanã será concedido pelos próximos 35 anos à iniciativa privada pele valor total de R$ 231 milhões, o
equivalente a 16,5% do valor investido, segundo o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

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