Diogo Alcântara
Brasília - No primeiro dia de trabalho após a visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, a presidente Dilma Rousseff conduziu pessoalmente uma reunião sobre a votação da Lei Geral da Copa, que deve acontecer ainda nesta semana. Dilma quer assegurar que os compromissos firmados pelo Brasil, especialmente o que diz respeito a bebidas alcoólicas nos estádios, sejam cumpridos.
Para o novo líder do governo da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), há clima político no Congresso para a votação de uma matéria tão sensível ao Planalto. A matéria, segundo ele, pode ser votada ainda nesta semana. Neste mês, a base aliada se rebelou e a presidente trocou as lideranças do governo no Parlamento.
"Questão central na visão do governo é que um país como o nosso não pode deixar de cumprir compromissos internacionalmente assumidos", disse Chinaglia. "Da nossa parte (deputados), nós já vimos conversando, dialogando, esclarecendo um ou outro ponto", acrescentou, informando também que amanhã ele deverá reunir líderes de partidos aliados e oposicionistas para tratar o tema.
A palavra de ordem do Planalto é "compromisso". Esta é tecla que vem sendo batida repetidamente para convencer os deputados a aprovarem o texto enviado pelo governo ou a versão entregue pelo relator da matéria em comissão - ambos asseguram flexibilização do estatuto do torcedor e permite venda de álcool nos jogos do mundial. "(São) Compromissos que o governo brasileiro honrará", afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Sobre a bancadas de influência religiosa, que se opõem à flexibilização para venda de álcool nos estádios, o ministro ponderou que respeita a posição, mas reiterou as garantias dadas pelo Brasil quando o venceu a disputa para sediar a Copa do Mundo.
"A questão da bebida está relacionada a convicções pessoais, morais, religiosas que o governo, a presidente, todos nós respeitamos. Estamos aqui tratando de compromissos assumidos pelo governo brasileiro, pelo Estado brasileiro", disse Rebelo.
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