Manoel de Jesus, 43, reclama do atendimento médico que a filha, Francimaura Ferreira, 19, recebeu nesta quarta-feira (28) no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e no Instituto da Mulher Dona Lindu, zona Centro-Sul de Manaus
Manaus, 28 de Março de 2012
O Instituto da Mulher e o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto foram alvo de denúncia sobre a qualidade do serviço público de saúde prestado à população. Um pai aflito ao ver sua filha com sangramento, sentindo muitas dores exigiu correção no atendimento médico que foram buscar nas duas unidades de saúde do governo do Estado.
Tudo começou, segundo Manoel de Jesus, 43, comerciante autônomo, morador no bairro Jorge Teixeira, zona Leste, quando ele foi se encontrar com a sua filha, Francimaura Carneiro Ferreira, 19, que já estava na lista de espera na emergência do hospital 28 de Agosto. “Devia ter umas 100 pessoas ali para serem atendidas, e minha filha sentindo muitas dores, chorando, sangrando, e, ai, eu me desesperei e comecei a cobrar providências”, diz ele.
Segundo o comerciante, quando abordou uma servidora do atendimento do 28 de Agosto, solicitando uma cadeira de rodas para que colocasse sua filha, de pronto Manoel recebeu a resposta de que deveria “se virar sozinho”, porque no hospital “sequer” havia maqueiro.
Após esse episódio, depois de Francimaura ter tomado repetida medicação para tentar cessar a dor, o que não aconteceu, foi sugerida que ela fosse procurar atendimento no Instituto da Mulher Dona Lindu, que fica ao lado do 28 de Agosto, porque o seu caso seria resolvido melhor lá.
Porém, o pior veio, afirma Manoel, quando ele viu a forma com que as pacientes estavam sendo atendidas, “devia ter umas 30 mulheres esperando atendimento, e tinha 12 que estavam em pé”, relata o comerciante, que se assombrou ainda mais com o tratamento que era dado por um certo médico, obstetra, “o jeito com que ele tratava aquelas mulheres, e como tratou a minha filha”.
- “Ele sequer olhava no rosto das pessoas, totalmente frio, indiferente, ele fazia um péssimo atendimento”, diz Francimaura, que ainda naquele momento se contorcia de dores, e continuava com sangramento.
Manoel diz que após fazer a queixa diretamente na Diretoria do Instituto da Mulher, o médico que já havia sido alvo de outras reclamações, foi trocado por outro médico. “Este, sim, nos atendeu com mais respeito, pois se para aquele médico uma palavra não significa muito, para nós significa”, desabafa Francimaura, que já medicada, mais aliviada, aguardava o resultado dos exames.
Para Manoel de Jesus o que ficou claro é que o governo tem mostrado uma coisa em suas propagandas, “que não é o que condiz com a realidade, e que se não denunciarmos o tipo de atendimento que sofremos, continuaremos a ser desrespeitados, pois minha filha continuou esperando o exames sentada numa cadeira de rodas, num corredor, porque não havia sequer leito para ela”, diz o pai, que vai oficializar queixa na Assistência Social do Instituto da Mulher.
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