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Fabrice Coffrini/AFPJérôme Valcke pode voltar ao Brasil para debater campanhas sociais na Copa
Deputados da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara aprovaram na
quarta-feira um requerimento que convida o secretário-geral da Fifa, Jérôme
Valcke, e o presidente da CBF, José Maria Marin, a participar de uma audiência
pública sobre a Lei Geral da Copa.
Nesta audiência, os deputados da comissão querem discutir com o representante
da Fifa e presidente da entidade máxima do futebol nacional as campanhas sociais
que devem ser feitas durante o Mundial de 2014. A realização desse tipo de
campanha está prevista no projeto da Lei Geral.
RELEMBRE A POLÊMICA
No início de março, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que os
organizadores da Copa de 2014 precisavam de um "chute no traseiro". A declaração
criou uma crise entre Fifa e governo federal. O ministro Aldo Rebelo chegou a
pedir o afastamento de Valcke das negociações sobre a Copa, mas depois aceitou
as desculpas do francês.
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A Lei Geral da Copa já foi aprovada no Congresso Nacional e, agora, aguarda a
sanção da presidente Dilma Rousseff. A lei cria as condições requeridas pela
Fifa para que a Copa do Mundo de 2014 aconteça no Brasil. Entre essas condições,
estão privilégios para concessões de vistos, proteção de marcas e a liberação
para venda de bebidas em estádios.
A data da audiência pública ainda não foi confirmada. Como a comissão de
deputados aprovou um convite, Jérôme Valcke e José Maria Marin não são obrigados
a comparecer à audiência.
Caso Valcke aceite ir à Câmara, a audiência deve marcar a volta do
secretário-geral da Fifa ao Congresso após o episódio do “chute no traseiro”. A
expressão foi usada por ele para criticar a preparação do Brasil para o Mundial
e causou uma crise entre Fifa e governo.
Durante a crise, uma audiência pública no Senado que teria a presença de
Valcke foi cancelada. Na
época, o senador Roberto Requião disse Valcke merecia receber um pontapé em suas
“redondas abundâncias”.
Na última quarta-feira, Valcke
participou do evento de divulgação da tabela da Copa das Confederações, no Rio
de Janeiro. O evento foi o primeiro do qual Valcke participou após a
crise.
Bem mais sereno do que costumava ser, o secretário-geral da Fifa evitou fazer
qualquer critica a preparação do Brasil para o Mundial. Disse
até que o país poderia realizar a Copa do Mundo mesmo não tendo 100% de suas
obras para o torneio prontas.
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