Para o ministro do Esporte, será necessário melhorar aeroportos e tráfego de veículos.
Gustavo Porto - Agência Estado
SÃO PAULO - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo,
admitiu nesta quarta-feira os problemas com o sistema de transportes e com o
trânsito no País, classificados como ele como "insuficiências que nós precisamos
corrigir" antes dos principais eventos esportivos mundiais que o Brasil sediará:
a Copa de
2014 e a Olimpíada de 2016. "Vamos ter de melhorar a situação de nossos
aeroportos, do tráfego", disse Aldo, após o seminário "Brasil Rumo à Copa", ao
qual chegou com uma hora de atraso, justamente por problemas com o voo e com o
trânsito em São Paulo.
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Para o ministro, nem todos os gargalos podem ser classificados como problemas
de infraestrutura. Alguns, segundo ele, são de logística, "como por exemplo a
capacidade de receber mais ou menos pousos e decolagens, ou mesmo das companhias
(aéreas) e da Receita (Federal), que precisa de mais gente para desembaraço de
bagagens". "São providências relativamente simples que podem melhorar a vida dos
passageiros", completou Aldo.
O ministro ainda criticou o sistema de telefonia celular e afirmou que em
2014 todas as sedes da Copa terão a tecnologia 4G. "Aqui em São Paulo, em
determinados momentos é difícil falar dois ou três minutos ao telefone",
afirmou.
Durante a palestra, Aldo elogiou a Fifa, que "tem mais sócios e consegue
resolver controvérsias que a ONU (Organização das Nações Unidas) não consegue
resolver", mas depois alfinetou a entidade, que faz recorrentes críticas sobre
os atrasos do Brasil nas obras para a Copa de 2014.
"Dissemos à Fifa que temos de enxergar o Brasil como um país democrático, que
tem Congresso que funciona, que tem órgãos de controle que funcionam, são
independentes, e que tem a imprensa que fiscaliza e acompanha diariamente",
revelou o ministro. "O Brasil investiu em obras públicas, que estavam previstas
quando não se falava em Copa.
O ministro reconheceu, no entanto, a burocracia com o grande número de órgãos
reguladores e fiscalizadores no sistema público do Brasil para aprovação de
obras em estádios e de infraestrutura. "Estive no Maracanã e ouvi que lá são 13
órgãos com capacidade de paralisar obras", exemplificou Aldo.
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