Cabral não informou no que pretende transformar o antigo imóvel. Ele se comprometeu apenas a tombar e restaurar o prédio.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta segunda-feira,
através de sua assessoria de imprensa, que o palacete do antigo Museu do Índio,
no Maracanã, zona norte carioca, não será mais demolido. O governo estadual diz,
no entanto, que os índios terão que deixar o local.
A Secretaria Estadual de Assistência Social afirmou que o governo quer pagar
aluguel social aos índios, mas eles ainda não entraram num acordo. O cacique
Carlos Tukano disse à Folha que só negocia pessoalmente com o governador.
No sábado (26), a Justiça expediu liminar impedindo a demolição do antigo
Museu do Índio, situado ao lado do estádio do Maracanã. A decisão chegou às
vésperas do encerramento do prazo dado pela procuradoria do estado para a
desocupação do imóvel, prevista para esta segunda-feira.
A liminar estabelece ainda uma multa de R$ 60 milhões para o caso de
descumprimento da medida.
Índios no Museu do Índio
Danilo Verpa/Folhapress
Índios dizem que recusarão propostas para deixar área ao lado
do Maracanã
FAMÍLIA REAL
A área disputada por governo e índios pertenceu ao Duque Luís Augusto de
Saxe, marido da princesa Leolpoldina, filha mais nova de D. Pedro 2º. Ali, entre
1850 e 1890, ficava o Palácio Leopoldina.
Em 1915, o marechal Rondon criou, no prédio, o Serviço de Proteção ao Índio,
atual Funai. Em abril de 1953 foi criado o Museu do Índio.
Em 1977, quando era dirigido por Darcy Ribeiro, o museu foi transferido para
Botafogo, zona sul. Os índios ocuparam o espaço, que estava abandonado, em 2006.
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