PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ATAQUES VIRTUAIS PODEM ATÉ ACABAR COM A COPA NO BRASIL, DIZ MINISTÉRIO DA DEFESA.

 
Segundo o coronel, sua divisão teve que lidar com tentativas de desfiguração de sites oficiais e de ataques a redes de dados durante a Rio+20.
 
RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO 
 
Ataques virtuais podem prejudicar e até mesmo inviabilizar a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olímpiada no Brasil, disse o coronel Eduardo Wallier Vianna, do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa, na Campus Party, nesta terça-feira (29).
"Vamos supor que alguém invada a base de dados do sistema de compra de ingressos da Copa do Mundo e comece a vender bilhetes em duplicidade. Centenas de pessoas chegariam ao estádio com ingressos falsos. Isso pode gerar confusão, tumulto, morte", exemplifica Vianna à Folha.
Yuri Gonzaga/Folhapress
O coronel Eduardo Wallier Vianna, do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa, fala na Campus Party
O coronel Eduardo Wallier Vianna, do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa, fala na Campus Party
"Imagine se isso acontece em um jogo importante, e aparece nas manchetes internacionais: 'Desorganização na venda de ingressos impede a entrada de 10 mil pessoas em jogo'. Isso acaba com o país."
O coronel menciona mais uma hipótese de ataque: "Na Copa do Mundo, haverá uma massa nômade. Um dia tem jogo no Rio, outro em São Paulo etc. Se o sistema de energia elétrica dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas for atacado, por exemplo, o sistema para. Aí os voos não chegam, não aterrissam. Seria um tumulto enorme."
Segundo Vianna, para evitar ataques como esse, o centro de defesa cibernética "identifica as áreas mais críticas, socializa informações e levanta casos ocorridos anteriormente, tentando ser pró-ativo".
Em sua apresentação, Vianna falou sobre como a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, realizada em junho do ano passado, serviu como prévia para o planejamento de defesa cibernética durante os eventos esportivos que ocorrerão no país nos próximos anos.
O coronel lembrou que, durante sua palestra na edição recifense da Campus Party, em julho de 2012, deu uma espécie de sermão em alguns dos participantes que defendiam o hacktivismo. "Os pais de muitos de vocês estão trabalhando na construção dos estádios, nos hotéis. Imagine se o hacktivismo acabasse com a Copa."

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