A ata de reunião do conselho consultivo do Iphan (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) realizada em agosto de 2011 mostra
que o grupo se opunha à reforma do Maracanã, classificada pelo relator do
encontro como um "crime".
Na ata, o conselheiro Nestor Goulart Reis argumenta que o tombamento do
Maracanã impede obras de demolição. Seriam permitidas, segundo ele, apenas obras
de restauração e conservação.
Mesmo com a opinião contrária de seu conselho, o projeto de reforma do
estádio, palco da final da Copa-14, foi aprovado pelo órgão.
A ata foi requisitada pelo Ministério Público Federal à Justiça, para constar
em uma ação civil pública na qual o órgão questiona a demolição.
"Destruir obras tombadas é crime, e todos que participam disso são
responsáveis criminalmente", afirmou Reis na reunião, segundo a ata.
Em nota, o Iphan afirma que o conselho é "órgão consultivo e os conselheiros
reconhecem não caber ao conselho deliberar sobre intervenções em bens tombados".
De acordo com a nota, na reunião, os conselheiros "apenas manifestaram suas
opiniões quanto à posição assumida pela superintendência do Iphan no Rio na
modernização do Maracanã".
O estádio é tombado pelo Iphan desde 2000. O principal ponto de divergência é
a demolição da marquise. Para conselheiros, isso descaracterizaria o Maracanã,
posição compartilhada pelo Ministério Público Federal.
Angular Fotografias Aéreas-2.abr.2012 | ||
Imagem aérea mostra obras do Maracanã |
Nenhum comentário:
Postar um comentário