PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

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domingo, 20 de janeiro de 2013

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA FEDERAL MANIFESTA APOIO À ALDEIA MARACANÃ.

 
Discussão envolve desocupação e a demolição do antigo Museu do Índio.

Antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio
Foto: Pablo Jacob / O Globo
Antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do RioPablo Jacob / O Globo
 
RIO - A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), aliando-se à Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro na luta que vem sendo travada contra a desocupação e a demolição do antigo Museu do Índio, no Maracanã, vai pedir explicações imediatas a autoridades regionais e federais sobre o processo e os acontecimentos que envolvem a questão.
 
O presidente da CDHM, deputado federal Domingos Dutra, destacou que a Comissão “vê com preocupação a mobilização de intenso aparato policial para cerco ao local e a pressa com que os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro querem fazer a retirada dos ocupantes do prédio”.
 
Para o parlamentar, “a realização de um bom evento esportivo internacional não pode se dar à custa do enterro da memória nacional, expresso neste momento pelos povos indígenas, que foram dizimados ao longo destes 513 anos da descoberta do Brasil”.
 
União terá que se manifestar sobre remoção do antigo Museu do Índio
O governo federal terá que se manifestar na discussão sobre a permanência ou não dos índios que desde 2006 ocupam o antigo prédio do antigo Museu do Índio. O presidente em exercício do TRF2, desembargador federal Raldênio Bonifácio Costa, fixou prazo de dez dias para que a União se manifeste sobre o pedido para que reconsidere a suspensão de duas liminares que impediam a remoção da chamada Aldeia Maracanã (como o imóvel foi rebatizado) e a demolição do prédio.
 
As liminares haviam sido revogadas a pedido da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro para permitir a desocupação do prédio, previsto para ser demolido no projeto de reurbanização do entorno do Complexo Esportivo do Maracanã para a Copa da Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. A Defensoria da União pede que a medida seja reconsiderada. O mérito das ações ainda será julgado pela primeira instância.

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