Construir sem predação.
NOSSA OPINIÃO
A Barra da Tijuca paga atualmente um alto preço pelo desenfreado (e desordenado) modo de ocupação que, a partir do último quarto do século passado, transformou completamente essa região da Zona Oeste do Rio. Como consequência inevitável do previsível adensamento populacional decorrente desse fenômeno, o bairro incorporou graves mazelas urbanísticas. Ali verificam-se engarrafamentos quase diários, o sistema de transportes é incapaz de atender à demanda, há um comprometimento ambiental que se reflete, principalmente, na poluição de boa parte do espelho d’água das lagoas, a rede sanitária ainda é insuficiente para dar conta das crescentes necessidades de residências e comércio locais.
São problemas que reclamam soluções nem sempre fáceis de serem adotadas, em razão não só da complexidade das intervenções já consolidadas, mas também porque exigem investimentos vultosos. Com a escolha daquela região para receber a parte mais substancial dos inversões com as quais o Rio se comprometeu para sediar as Olimpíadas de 2016, abriram-se novas oportunidades para a Barra. Desta vez, no entanto, a partir de um novo protocolo urbanístico, no qual o planejamento está no centro das transformações propostas (e necessárias).
Com isso, a Barra tem a chance de experimentar uma nova e mais racional forma de ocupação. É o que se vê, por exemplo, com a expansão e modernização dos sistemas viário e de transportes (construção de corredores seletivos de ônibus, os BRTs, obras para a chegada do metrô à região, projetos sólidos de instalação de equipamentos urbanos — inclusive aqueles que servirão aos Jogos Olímpicos e, depois, permanecerão como legados do evento para a cidade).
É dentro desse novo parâmetro de intervenções urbanísticos que devem ser avaliados os projetos de adaptação da Barra como território preferencial do Rio como cidade olímpica. A cidade não pode perder a oportunidade única de, ao mesmo tempo em que procura dar ordem ao caos da antiga ocupação desordenada, criar condições de explorar o grande potencial econômico — inclusive imobiliário — da região. São modos de intervenção que não se anulam; antes, podem se completar. Caso, por exemplo da área de 45 mil metros quadrados à entrada da Praia da Reserva, onde será instalado um complexo imobiliário, com um condomínio residencial e um hotel, obra prevista no Pacote Olímpico da Barra como parte dos estímulos oficiais para melhorar a rede hoteleira do município e atender à demanda que será gerada pelas Olimpíadas.
Construir não implica necessariamente fazê-lo pelo viés da predação. Ao contrário, quando há planejamento e racionalização do uso do solo, intervenções imobiliárias podem ser feitas com respeito ao meio ambiente e com projetos que equacionem demandas subsequentes — como transportes, rede sanitária e preservação da qualidade de vida.
São problemas que reclamam soluções nem sempre fáceis de serem adotadas, em razão não só da complexidade das intervenções já consolidadas, mas também porque exigem investimentos vultosos. Com a escolha daquela região para receber a parte mais substancial dos inversões com as quais o Rio se comprometeu para sediar as Olimpíadas de 2016, abriram-se novas oportunidades para a Barra. Desta vez, no entanto, a partir de um novo protocolo urbanístico, no qual o planejamento está no centro das transformações propostas (e necessárias).
Com isso, a Barra tem a chance de experimentar uma nova e mais racional forma de ocupação. É o que se vê, por exemplo, com a expansão e modernização dos sistemas viário e de transportes (construção de corredores seletivos de ônibus, os BRTs, obras para a chegada do metrô à região, projetos sólidos de instalação de equipamentos urbanos — inclusive aqueles que servirão aos Jogos Olímpicos e, depois, permanecerão como legados do evento para a cidade).
É dentro desse novo parâmetro de intervenções urbanísticos que devem ser avaliados os projetos de adaptação da Barra como território preferencial do Rio como cidade olímpica. A cidade não pode perder a oportunidade única de, ao mesmo tempo em que procura dar ordem ao caos da antiga ocupação desordenada, criar condições de explorar o grande potencial econômico — inclusive imobiliário — da região. São modos de intervenção que não se anulam; antes, podem se completar. Caso, por exemplo da área de 45 mil metros quadrados à entrada da Praia da Reserva, onde será instalado um complexo imobiliário, com um condomínio residencial e um hotel, obra prevista no Pacote Olímpico da Barra como parte dos estímulos oficiais para melhorar a rede hoteleira do município e atender à demanda que será gerada pelas Olimpíadas.
Construir não implica necessariamente fazê-lo pelo viés da predação. Ao contrário, quando há planejamento e racionalização do uso do solo, intervenções imobiliárias podem ser feitas com respeito ao meio ambiente e com projetos que equacionem demandas subsequentes — como transportes, rede sanitária e preservação da qualidade de vida.
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