Por Débora Prado
Os momentos de crise sempre serviram para revelar setores econômicos que conseguem levar vantagem mesmo em cenários desesperadores. Não é novidade que o comércio de armas e a indústria da segurança prosperam nas guerras e nos países com graves conflitos sociais. Atualmente, sob o pretexto de preparar o Brasil para a realização de eventos esportivos internacionais e da necessidade de grandes obras civis, com novos focos de tensão, está despontando um cenário altamente estimulante para os negócios das armas e da segurança, inclusive com a criação de pretextos até então inexistentes, como o de prevenir o país contra o terrorismo.
Inúmeras denúncias, de norte a sul, já demonstraram a tensão crescente com as obras da Copa do Mundo nas 12 sedes dos jogos, especialmente pelas péssimas condições de trabalho, despejos forçados de comunidades inteiras e inúmeras agressões ao meio ambiente, conforme mostrou a reportagem da Caros Amigos, na edição 181. É nesse cenário – de atração turística para a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, nas maiores cidades brasileiras – que a indústria de armas e de segurança aposta em faturar bilhões nos próximos anos.
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