Macacos hidráulicos que irão içar os cabos da cobertura chegam à capital em novembro. Membrana que vai cobrir todos os assentos é autolimpante, retém o calor e retira parte da poluição do ar.
ME/Portal da Copa/Setembro de 2012
A construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha está com 81% de sua execução finalizada. Atualmente, quatro mil operários trabalham na obra, divididos em três turnos. O próximo passo é a montagem da cobertura.
Fabricados na Inglaterra e na China, os 48 macacos hidráulicos, que irão içar os cabos que sustentarão a cobertura, estão sendo calibrados e inspecionados por técnicos da Inglaterra, do consórcio vencedor da licitação e da Novacap. Até o fim desta semana, todas as peças serão testadas para, então, serem transportadas para a capital federal.
Cada macaco hidráulico será responsável por erguer um dos 48 cabos de sustentação, fixados nas placas-base que já estão sendo instaladas no anel de compressão. Os macacos têm 2,5m de altura e capacidade para erguer até 110t de carga.
O içamento dos cabos será feito de forma automatizada para garantir a geometria circular da cobertura, além da sincronia e da precisão necessárias. Em seguida, serão montadas e instaladas as treliças, que formarão a base para a colocação da membrana da cobertura.
Cobertura
Funcionando como sistema de “roda de bicicleta invertida”, a cobertura do Estádio Nacional é composta por uma estrutura tensionada com cabos e treliças metálicas, revestida por uma membrana que cobrirá todos os assentos.
Funcionando como sistema de “roda de bicicleta invertida”, a cobertura do Estádio Nacional é composta por uma estrutura tensionada com cabos e treliças metálicas, revestida por uma membrana que cobrirá todos os assentos.
A membrana, de 90 mil m², é autolimpante, permite a passagem de luz natural, retém o calor e retira parte da poluição do ar. A estrutura chegará ao Brasil em dezembro. Quando exposta ao sol, ela é capaz de retirar da atmosfera gases poluentes equivalentes ao produzido por cerca de mil veículos por dia.
A água da chuva será captada pela cobertura e pelo piso permeável em volta do estádio. Depois, será armazenada em cinco cisternas e em um lago que fará parte do paisagismo no entorno da arena. A água não potável será utilizada nos vasos sanitários e mictórios, na irrigação do gramado e na lavagem em geral. O sistema todo armazenará 6,84 milhões de litros de água. Isso representa 80% da demanda de água do estádio.
Construído em concreto, o anel de compressão facilitará a instalação das placas fotovoltaicas, responsáveis pela captação da energia solar. Serão dispostas 9,6 mil placas, com capacidade para gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de cerca de 2 mil residências por dia.
O Estádio Nacional vai sediar a abertura da Copa das Confederações FIFA 2013 e sete partidas da Copa do Mundo da FIFA 2014.
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