Contudo, prefeito diz que dará explicações.
Na ação, ajuizada na sexta-feira (26), o MP-RJ questiona a decisão do estado e do Instituto Nacional do Ambiente (Inea) em dispensar Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a autorização de implantação do novo autódromo no local escolhido, em Deodoro. No documento, o MP-RJ pede para que sejam corrigidas falhas no processo de licenciamento ambiental, a suspensão do licenciamento ambiental e a proibição da implantação do autódromo até que seja elaborado e apresentado Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que prevê e avalia todos os impactos com profundidade.
Eduardo Paes lamentou que a cidade tenha de ficar cerca de um ano e meio sem possibilidades de corrida no Rio de Janeiro, mas garantiu que a prefeitura dará todo o apoio à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) durante esse período. O autódromo antigo, em Jacarepaguá, foi desativado para a construção do parque olímpico.
“Até o fim do mês faremos um evento com a presença do ministro [do Esporte] em Deodoro, para garantir que o autódromo será feito em Deodoro. O pessoal do automobilismo do Rio de Janeiro precisa de um autódromo de qualidade”, ressaltou.
O licenciamento do Novo Autódromo teve por base estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas, segundo o MP-RJ, com conteúdo e procedimento diversos de um Estudo de Impacto Ambiental. O Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público e o Instituto Jardim Botânico apontaram falhas e omissões no estudo da Fundação Getulio Vargas que, segundo a ação, prejudicam a legalidade do licenciamento, como: insuficiência do diagnóstico da flora, que é rica no local em espécies do Bioma Mata Atlântica, previsão e análise dos impactos decorrentes dos ruídos gerados com o funcionamento do Autódromo.
A área em questão faz parte do Projeto Corredores Verdes e é considerada Sítio de Relevante Interesse Paisagístico e Ambiental Municipal pelo Plano Diretor.
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