PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MANAUS E SÃO PAULO FICARÃO SEM OBRAS DE MOBILIDADE PARA COPA DE 2014.

 
As cidades-sede São Paulo e Manaus ficarão sem obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014. A decisão do governo federal, tomada durante reunião do Gecopa (Grupo Executivo da Copa) na terça-feira passada, dia 18, deve ser publicada no Diário Oficial da União no início da próxima semana. Em Natal, nenhuma obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014 está em curso.

Foram anulados da Matriz de Responsabilidades as duas obras de mobilidade urbana previstas em Manaus e a única obra prevista em São Paulo que deveriam ser feitas até junho de 2014, início do Mundial, por atraso dos prazos. A Matriz é o documento de parceria firmado entre a União e as cidades-sede, definindo as obras a serem feitas para o campeonato.
Reprodução/ InternetO projeto foi retirado da Matriz de Responsabilidades já que não ficaria concluído antes da Copa 2014O projeto foi retirado da Matriz de Responsabilidades já que não ficaria concluído antes da Copa 2014
Em Manaus, foi retirado da Matriz a obra do monotrilho, com orçamento previsto para R$ 1,3 bilhão. Segundo o último relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado no início do mês passado, o projeto ainda não havia sido iniciado. Da capital amazonense, também foi cancelado o projeto do BRT, corredor para tráfego exlusivo de ônibus. O projeto estava orçado em R$ 290 milhões, que também foi suspenso por atraso das obras, que sequer tinham saído do papel.
Em São Paulo, a linha 17-Ouro do metrô foi cancelada da Matriz de Responsabilidades. O projeto visa ligar o aeroporto de Congonhas à rede de trens metropolitanos. A obra tem orçamento de R$ 1,8 bilhão e, devido a atrasos nas obras, não ficará pronta antes do Mundial. Segundo o governo paulista, a primeira parte da obra deve ser entregue até o fim de 2014.
Novo financiamento
Com a retirada dessas obras da Matriz de Responsabilidades para a Copa 2014, já que não serão concluídas a tempo, os governos estaduais devem entrar com pedido de novo financiamento pela União para as obras de mobilidade que foram adiadas. O atual financiamento, da Caixa Econômica Federal, prevê arcar com os custos de obras que serão concluídas no prazo anterior à Copa do Mundo de 2014. Porém, as obras que estavam na Matriz e foram retiradas ainda podem ser financiadas pelo governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para Mobilidade.

O governo do estado do Amazonas afirma que a União manterá o financiamento do monotrilho através do PAC Mobilidade, além de R$ 200 milhões dos R$ 290 milhões previstos para a construção do BRT. O governo da capital paulista também não pretende perder o financiamento federal de R$ 1 bilhão para o monotrilho e, por isso, pediu que o projeto fosse retirado da Matriz.
Reprodução/ InternetA linha 17-Ouro do metrô ligaria o aeroporto de Congonhas à atual rede de metrôs da capital paulistaA linha 17-Ouro do metrô ligaria o aeroporto de Congonhas à atual rede de metrôs da capital paulista
Atrasos das obras
No fim de setembro, o governo federal confirmou que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) havia sido retirado da Matriz de Brasília, a pedido do governo do Distrito Federal, porque também não ficaria pronto antes de junho de 2014. O projeto pretende ligar o aeroporto da capital federal ao Terminal da Asa Sul.

A obra, que inicialmente seria concluída em janeiro de 2014, não tem data para término. A Caixa financiaria R$ 263 milhões, do total estimado em R$ 276,9 milhões. Os recursos passarão a sair pelo PAC Mobilidade, segundo o Ministério do Planejamento.

O Corredor Expresso Norte-Sul, de Fortaleza, também foi retirado da Matriz de Responsabilidades e era um dos sete projetos voltados para transporte urbano na capital cearense. A construção de corredores de ônibus Bus Rapid Transport (BRT) também foi retirada da Matriz de Salvador para a Copa do Mundo.

Ao todo, cinco projetos de mobilidade previstos há dois anos para serem entregues até junho de 2014 ficaram atrasados e não serão mais entregues antes do Mundial. De todos os projetos feitos nessa área, 46 ainda estão previstos para serem entregues a tempo.

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