MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
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O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira (24) que as Forças Armadas estarão presentes na segurança de eventos como Copa de 2014 e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
A declaração foi dada durante almoço na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio), no Rio.
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Governo regulamenta ação de Defesa na Copa de 2014
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"As Forças Armadas desempenharão o papel que for pedido a ela. Nós não estamos reivindicando nada. Alguma função seguramente haverá porque não vejo quem possa fazer o controle do espaço aéreo a não ser a própria Força Aérea", afirmou o ministro.
Segundo Amorim, resta agora definir qual será a função de Marinha, Exército e da Aeronáutica nestes eventos.
"O formato ainda será discutido. Os eventos em que nós estivermos envolvidos --e são vários--, tipo Rio+20, operação das fronteiras, temos trabalhado em acordo com a excelente coordenação da Polícia Federal. A gente trabalha em perfeita harmonia", disse.
Celso Amorim descartou que haja uma disputa pela coordenação da segurança desses eventos.
Amorim foi ao Rio para assinar um acordo para a qualificação de jovens militares em cursos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Anualmente, cerca de 3.000 jovens se alistam para prestar o serviço militar.
POLÊMICA
A hipótese de substituição do Ministério da Justiça pelas Forças Armadas no controle da segurança de grandes eventos está em gestação no governo e desperta polêmica, inclusive na Polícia Federal, hoje responsável formal pelos jogos por meio da Secretaria de Grandes Eventos, do Ministério da Justiça.
Na segunda-feira (20), o Ministério da Defesa divulgou uma portaria preparando Exército, Marinha e Aeronáutica para atuar na segurança de eventos como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. A norma não transfere o poder de comandar os grandes eventos, mas foi interpretada como indício da disposição da presidente Dilma Rousseff de fazê-lo.
Nos bastidores, interlocutores do Executivo admitem a possibilidade. A simpatia pela ideia vem do temor de que os policiais federais usem as festividades para pressionar o governo com demandas salariais, inclusive recorrendo à greve.
Na PF, o assunto é tratado por meio da Secretaria de Grandes Eventos. Os policiais acreditam que o fato de seus projetos estarem mais adiantados do que os da Defesa favorecerá a polícia na discussão.
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