Cafu acredita em legado da Copa, mas alerta que cidadãos manauaras devem cobrar compromisso das autoridades públicas para a política de esporte.
Ex-jogador alerta que benefícios da Copa do Mundo
dependem das cobranças dos cidadãos.
Manaus - Com um discurso político,
o capitão do penta na Copa do Mundo de 2002, Cafu, 42, disse que confia em
legado do Mundial de 2014 para as cidades subsedes e evitou críticas à Seleção
Brasileira em palestra na quarta-feira, 22 de agosto, em Manaus. “Vai melhorar
tudo. Vamos capacitar nossas crianças e profissionalizar as pessoas. Educação,
transporte, saúde, novos aeroportos. O futebol tende a crescer também”, declarou
Cafu, deslumbrado, ao ignorar os atrasos e sobrepreços nas obras de mobilidade
urbana e construção dos estádios na maioria das subsedes do País.
No ano passado, Cafu visitou Manaus como embaixador da Fifa e manteve os
elogios à obra. “Estão mais adiantadas”, comentou. “Mas o legado pós-Copa
dependerá do cidadão de Manaus e não da Fifa”, afirmou.
Ao participar do seminário ‘Copa do Mundo e Responsabilidade Social’, o
ex-lateral do time canarinho assinou um Termo de Protocolo de Intenções entre
Fundação Cafu, com sede em São Paulo, e a Fundação Escola de Serviço Público
Municipal (FESPM), da Prefeitura de Manaus, organizadora do evento. Cafu
apresentou um vídeo institucional sobre a entidade criada por ele em 2001, que
atende 750 crianças e jovens em situação de risco, e se limitou a responder
perguntas da plateia formada na maioria por servidores públicos.
Sobre a Seleção, Cafu elogiou o trabalho do técnico Mano Menezes e pediu
paciência. “Não adianta derrubar o Mano agora, porque serão dois anos de
trabalho perdidos e teremos só mais um ano e meio para arrumar a Seleção. No
Brasil, o torcedor não tem paciência. Foi feito um trabalho de transição,
tiramos os jogadores mais experientes e colocamos os mais jovens. Ainda vai dar
resultados”, acredita.
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