A Ailanto, contratada pelo governo do Distrito Federal sem licitação para organizar o amistoso entre Brasil e Portugal, no ano de 2008, desviou R$ 1,1 milhão do jogo, segundo o Ministério Público. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a empresa é ligada ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Uma das sócias da Ailanto, Vanessa Precht, deu cheques nominais de R$ 10 mil ao cartola meses depois do jogo, para arrendar uma fazenda de Teixeira, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal. Além disso, uma empresa da Ailanto, a VSV, funcionou em uma fazenda de Teixeira. A Promotoria pede na Justiça que a Ailanto devolva os R$ 9 milhões que recebeu para organizar a partida.
Segundo a ação, a Federação Brasiliense de Futebol reteve o valor arrecadado na bilheteria do jogo, realizado no Gama, de quase R$ 1,3 milhão. O dinheiro deveria ir para o governo distrital, mas foi desviado e usado para pagar despesas do contrato da Ailanto, "contrariando todas as diretrizes do processo de contratação", afirma o Ministério Público no processo. A investigação levantou indícios de que a empresa foi montada só para poder receber o dinheiro do amistoso, "praticamente uma empresa ad hoc" - criada para legitimar um fim específico. A assessoria de imprensa de Ricardo Teixeira disse à Folha de S. Paulo que ele não responde a qualquer processo ou inquérito.
Afirmou ainda que não há responsabilidade da CBF no jogo feito pela Ailanto e que o direito de organizar a partida era da Ambev. De acordo com a assessoria, não há relação entre a partida e os cheques nominais da sócia da Ailanto, Vanessa Precht, ou a sede da VSV na fazenda de Teixeira.
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