PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

PROJETOS DA COPA 2014 EM MANAUS

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

OPERÁRIOS PARALISAM OBRAS NO ESTÁDIO DA COPA EM MANAUS APÓS MORTES.

operarios
Pelo menos 1800 operários da Arena da Amazônia, estádio de Manaus para a Copa de 2014, paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (16), segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas (Sintracomec-AM). A mobilização ocorre após registro de morte no estádio no sábado (14). Os trabalhadores reclamam das condições de segurança e de pressão para acelerar a entrega do empreendimento prevista para início de 2014. As obras em lugares altos no estádio estão suspensas desde o fim de semana. Procuradores do Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT-AM) fazem vistoria nas obras. O Governo do Amazonas nega a aceleração do ritmo dos trabalhos.
Segundo o presidente do Sintracomec-AM, Cícero Custódio, os trabalhos no estádio foram acelerados para que a entrega da Arena aconteça em janeiro de 2014. “Como as obras estão atrasadas, eles estão trabalhando sob pressão para dar conta do cronograma. Nós não somos contra a Copa, mas queremos que haja segurança para os trabalhadores. Para trabalhar nas alturas, é preciso exame médico e os trabalhadores não tem isso aqui”, disse.
De acordo com Cícero, alguns operários estão dentro do estádio porque sofreram ameaças. Segundo ele, a paralisação envolve trabalhadores de diversos turnos. “As obras vão estar paralisadas durante todo o dia, porque essa quantidade corresponde aos trabalhadores da parte superior da Arena”, afirmou.
Os trabalhadores se reúnem ao redor da Arena desde as 6h. O encanador Reginaldo de Sá, de 27 anos, que entraria às 7h para trabalhar no estádio, cobrou fiscalização das obras. “Antes de tudo, de ser profissional, tenho família, filho e esposa, e nós não vamos nos arriscar. Acredito que foi teimosia sim do funcionário [operário que despencou da altura de 35 metros e morreu no sábado] em não usar os equipamentos de segurança, mas se tivesse fiscalização, isso não teria acontecido”, disse.
O pedreiro José Aristoles de Souza Filho, de 35 anos, reclamou das condições de trabalho no local. “A segurança da obra é nota zero. É burocracia para darem novas fardas e recebemos pressão constantemente para trabalhar. Essa semana uma parte de um guindaste caiu na cabeça de um operário. Sorte que ele estava de capacete e nada aconteceu. No início, era uma dificuldade para receber vale transporte”, disse.

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